Veja qual é o investimento médio para abrir um buffet

Iniciar um negócio não é tarefa simples. Logo, é fundamental saber exatamente qual é o investimento médio para abrir um buffet. Para que o negócio seja bem-sucedido é necessário bastante planejamento, principalmente em relação às finanças. O dinheiro é um recurso escasso e provavelmente você terá um teto de gastos, mesmo que conte com recursos derivados de financiamentos e empréstimos.

É essencial que você saiba qual é o investimento médio para começar a empreender. Ele é a sua base em relação ao capital inicial da empresa.

É perigoso contar com milagres advindos de atendimentos iniciais. Então, se você não possuir recursos compatíveis com a aplicação média de início — nem possibilidade de financiamento — precisará de mais tempo para abrir as portas.

Veja agora qual é o investimento médio para abrir um buffet e efetivamente começar a receber e servir os clientes.

Itens obrigatórios por lei

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na portaria CVC-6/99, estabelece uma infraestrutura mínima para que um buffet possa operar:

• área independente para recebimento e armazenamento de insumos, com prateleiras afastadas, mais 25 centímetros do piso;
• área independente para a manipulação dos alimentos;
• área independente para higiene e armazenamento de alimentos;
• vestiários para funcionários, separados por sexo;
• lavatórios em regiões estratégicas, exclusivos para a higienização das mãos de trabalhadores;
• sanitários para clientes, também separados por sexo;
• pintura e revestimento em tons claros para visualização facilitada da sujeira;
• boas condições de ventilação e iluminação em todos os ambientes.

É possível alugar ou comprar um local já apropriado para a atuação no ramo. O aluguel de um local de 200 m² com essas características gira em torno de R$ 8 mil em centros urbanos, com variação de até 50% dependendo da localização específica.

Caso não seja possível encontrar um espaço pronto, será necessário equipá-lo. O custo da montagem dessa infraestrutura fica em aproximadamente R$ 25 mil.

Equipamentos não específicos

Muitos empreendedores, no momento de calcular o orçamento para abrir um buffet, se esquecem que há equipamentos básicos para o funcionamento gerencial, não relacionados diretamente à atividade empresarial.

Se for contabilizar, todos eles não saem por menos de R$ 6 mil. São exemplos desses equipamentos:

• computador com impressora;
• telefones fixo e móvel;
• impressoras de cupom fiscal;
• máquinas de cartão de crédito e débito.

Despesas com pessoal

É possível terceirizar os serviços ou contratar os funcionários que vão trabalhar com os alimentos na cozinha e com o atendimento. No entanto, as tarefas administrativas deverão ser delegadas fixamente.

Esses valores são altos e variáveis, pois será preciso no mínimo dos seguintes funcionários:

• cozinheiro;
• auxiliares de cozinheiro;
• garçons;
• auxiliares de garçom;
• seguranças;
• auxiliares de limpeza;
• além das pessoas contratadas para os setores administrativo e de gerência, que são fixas.

Uma opção é o próprio empresário cuidar dessas áreas, mas isso requer pelo menos um sócio, ou pessoa de confiança para atuação conjunta, e muita organização.

Considerando tudo isso, é recomendado que se reserve cerca de R$ 18 mil para contratações. Porém, essa cifra é totalmente maleável, de acordo com o número de trabalhadores necessários e com a metragem do local. Em eventos, outros profissionais ainda podem ser necessários.

Equipamentos de buffet

Segundo o manual do empreendedor do SEBRAE, um total de R$ 70 mil cobre a equipagem total de um empreendimento de porte médio — local de aproximadamente 200m². O conteúdo de ajuda dita também itens imprescindíveis para o início da montagem de uma cozinha industrial, tais como:

• utensílios para exposição dos alimentos;
• estoque inicial;
• cortadores de frios;
• espremedores de frutas;
• sistema de exaustão;
• extratores de sucos;
• fogões industriais;
• micro-ondas;
• freezer horizontal;
• geladeiras;
• liquidificadores industriais;
• conjuntos de mesas e madeiras;
• móveis e materiais de escritório;
• multiprocessadores industriais de alimentos;
• telefones, computador e impressora;
• utensílios de cozinha;
• vitrines e expositores refrigerados.

Investimento total

Por fim, projetando as despesas inesperadas e os gastos interiores, o empreendedor deverá ter cerca de R$ 110 mil mais 20% para empreender de forma segura. Essa porcentagem adicional sobre o orçamento visa evitar que a falência precoce ocorra no caso de qualquer eventualidade. Além disso, ela serve também como capital de giro para renovação sistemática de estoque, pagamento de impostos, luz e para a honra das demais obrigações.

É extremamente arriscado não ter uma verba acessória. O começo da atuação pode ser difícil e provavelmente será. A reserva faz com que a empresa consiga superar os primeiros meses, mesmo não alcançando lucro.

Cálculo do capital de giro

É fundamental compreender o que é o capital de giro e qual a sua importância dentro de um planejamento financeiro de um negócio. O capital de giro nada mais é do que o montante em dinheiro que o empreendedor precisa ter como reserva para suportar os gastos iniciais da empresa e manter todas as despesas operacionais rotineiras.

Esse valor inicial precisa ser corretamente calculado, pois dele dependerá o custeio e a manutenção de todas as atividades, enquanto o empreendimento ainda está se desenvolvendo.

Especialmente no início, no momento em que o público-alvo do negócio ainda não foi alcançado, e o volume de clientes não é muito significativo, é vital ter condições financeiras para manter o buffet em funcionamento mesmo que os custos sejam maiores do que os lucros.

Para calcular o capital de giro existe uma fórmula simples:

CGL (capital de giro líquido) = AC (ativo circulante) – PC (passivo circulante).

Nessa fórmula, a variável AC é compreendida como o montante de dinheiro existente em caixa, incluindo: contas a receber, valores em conta bancária e aplicações financeiras e o valor dos materiais existentes no estoque.

A variável PC abrange os custos com fornecedores, empréstimos, contas a pagar, impostos etc. O resultado dessa conta indica exatamente o valor de reserva que o empreendedor precisa ter.

Como conseguir o investimento médio para abrir um buffet

Existem alguns caminhos que podem ser seguidos para que o empresário consiga levantar o investimento médio para abrir um buffet. Uma delas é em sociedade com outro empreendedor, que pode atuar apenas como investidor financeiro, ou ainda pode dividir todas as responsabilidades e obrigações.

Seja qual for o caso, é muito importante que esse sócio seja escolhido com bastante cuidado e atenção, pois essa decisão é muito séria e com toda certeza vai interferir nos rumos do negócio, de forma positiva ou negativa.

É interessante dar preferência para parceiros que tenham alguma formação em administração de empresas e/ou em gestão de empreendimentos do ramo de alimentação, pois esse know how pode ser um grande diferencial para o buffet.

Contudo, nem todos têm o perfil para dividir seu empreendimento com outra pessoa, por serem mais individualistas e não gostarem de compartilhar decisões. Nessa hipótese é preciso fazer uma autoanálise sincera para avaliar as possibilidades disponíveis.

Uma alternativa para quem prefere seguir carreira solo no buffet é solicitar um empréstimo ao banco. A boa notícia é que as instituições financeiras costumam oferecer linhas de crédito especiais, com vantagens atrativas, para pequenos e médios empreendedores que pretendem iniciar um negócio.

De qualquer maneira é imprescindível ler o contrato com muita atenção, especialmente as letras miúdas, e os tópicos que tratam dos juros e das correções monetárias.

Já descobriu qual é o investimento médio para abrir um buffet e já traçou um planejamento para atingir seus objetivos? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários!